No décimo quarto capítulo de "Blood Hunter", Jack e David conhecem um pouco sobre o passado da cidade e das irmãs Catarina e Agatha.
As Lembranças de Catarina
Catarina convida os irmãos a sentarem-se para compartilhar sua história.
Catarina: "Quando chegaram aqui, viram as festas, mas é uma ilusão. Rose não é a cidade dos vinhos, é a cidade dos Berrys. Eles comandam tudo aqui. Eu cresci aqui, com meus pais e Agatha."
A cena volta no tempo, revelando Catarina brincando com suas bonecas sob a árvore, ouvindo seu pai, Rodolfo, chamar por ela.
Rodolfo: "Catarina, venha aqui!"
Catarina corre para trás do bar da cidade, onde seu pai está, um homem ruivo com um bigode característico.
Rodolfo, sorrindo, recebe Catarina e a lembra do que combinaram.
Rodolfo: "Você não prometeu que iria ajudar sua mãe hoje?"
Catarina: "Sim, papai. Eu perdi a noção do tempo, me desculpa."
Um chamado vindo de dentro do bar interrompe a conversa, e eles entram para encontrar Ana, sua mãe, ocupada na cozinha.
Ana: "O que a gente combinou, Catarina?"
Catarina e Ana respondem juntas: "Ajudar a mamãe."
Ana pede que Catarina alimente Agatha, sua irmã mais nova, e logo depois, Catarina ouve um barulho vindo da frente do bar. Ela deixa Agatha no quarto e corre para ver o que aconteceu.
Catarina encontra seu pai no chão, machucado por um mordomo que logo deixa o local.
Rodolfo, com o nariz sangrando, tenta acalmar a situação.
Rodolfo: "Está tudo bem, filha. Papai está bem. Vá cuidar da sua irmã, ela não pode ficar sozinha por muito tempo."
Catarina segue para dentro do bar até o quarto da sua irmã.
O tempo avança até a noite, a família desfruta de um jantar feliz.
Catarina, curiosa, pergunta aos pais sobre o homem do bar:
Catarina: "O que aquele homem queria, papai?"
Rodolfo e Ana se entreolham por um breve momento antes de responderem.
Rodolfo: "Ele só estava insatisfeito com o pedido dele, querida."
Ana tenta tranquilizar a situação:
Ana: "Não tem com o que se preocupar, meu amor."
Catarina percebe o nariz machucado de seu pai:
Catarina: "Mas o papai tá com o nariz machucado, ele falou que não é bom machucar os outros sem motivos bons."
Rodolfo tenta acalmar a situação:
Rodolfo: "Tudo que tinha que ser resolvido, já foi resolvido. Eu prometo que isso não vai acontecer de novo."
Catarina demonstra determinação:
Catarina: "Não vai mesmo, eu vou bater naquela cara dele se ele vier bater no papai, não é Agatha?"
A pequena Agatha ri, todos compartilham um momento leve à mesa. Mais tarde, Catarina acorda durante a noite e escuta a conversa de seus pais.
Rodolfo: "Está quase tudo pronto, amor. Vamos conseguir escapar daqui com nossas filhas. Falei com um guarda de confiança, ele tirou o Jean e a mulher dele da cidade. Nós também vamos sair daqui."
Ana expressa sua preocupação:
Ana: "Se eles não desconfiam de nada, por que o mordomo dele veio aqui? Rodolfo, nós não podemos ser pegos. As meninas... Eu não sei o que faria se algo acontecesse com elas."
Rodolfo tenta confortá-la:
Rodolfo: "Eu também não sei. É por isso que vou ter certeza de tudo. Não vou deixar vocês viverem nesse lugar. Eu prometo."
Os pais se abraçam enquanto Catarina volta para seu quarto e adormece.
Dias se passam, e a família planeja sua fuga. Até que, uma semana depois, no meio da noite, Ana acorda Catarina com pressa:
Ana: "Amor, a gente vai dar um passeio. Eu arrumei suas coisas, pegue e venha comigo, rápido."
Catarina se levanta apressadamente e se arruma. Ela segue sua mãe até a frente da casa. Rodolfo está lá com um guarda e uma carroça. Eles partem escondidos pelas ruas da cidade, a luz da lua os iluminando. O medo de serem pegos é constante, mas conseguem sair da cidade em segurança.
Rodolfo olha para Ana aliviado, mas a situação muda drasticamente quando são surpreendidos. Várias carroças cercam a deles. O desespero toma conta.
Rodolfo encara o guarda, que aponta uma arma para ele:
Rodolfo: "Por que você fez isso com a gente?"
O guarda, sombrio, responde:
Guarda: "Entre vocês e a minha família, eu prefiro minha família. Sinto muito."
Rodolfo, preocupado com um nome específico, pergunta:
Rodolfo: "Então o Jean... ele...?"
O guarda confirma com a cabeça. O Senhor Berry, uma figura imponente, desce de sua carruagem, exigindo explicações:
Senhor Berry: "Eu não gosto de acordar no meio da noite. Mas vocês fizeram eu acordar. Eu não gostei nem um pouco disso. Achavam que podiam sair da minha cidade assim? Fugir? Minha cidade é perfeita. Não há criminosos, monstros ou perigo. Mas se querem tanto sair, algo os incomoda. Eu sou um bom ouvinte. Me contem o motivo disso tudo?"
Rodolfo tenta apelar pela segurança da família:
Rodolfo: "As crianças e minha mulher não têm nada a ver com isso. Por favor, deixem elas irem."
Mas o Senhor Berry toma uma decisão impiedosa:
Senhor Berry: "Isso é um problema. Eu não gosto de problemas. Gosto de me livrar de problemas. E é isso que vou fazer com vocês. Mas hoje estou de bom humor. As duas meninas, levem elas para casa delas. Deixem os pais aqui. Eles vão pagar por elas."
Ana, em lágrimas, abraça Catarina e Agatha, tentando confortá-las:
Ana: "Cuide bem da sua irmãzinha, mamãe já volta, tá?"
Ana desce da carroça, que se afasta em direção ao bar. Catarina, chorando, abraça Agatha em seu colo, vendo a silhueta de seus pais desaparecerem até que ouve tiros e Agatha começa a chorar.
Catarina: "Eu vou cuidar de você, calma."
Jack e David permaneceram em silêncio por um momento, assimilando a magnitude do que acabavam de ouvir. Catarina parecia tensa, aguardando uma resposta dos caçadores. David, com o rosto cerrado de determinação, quebrou o silêncio.
David:" Aquele velho... eu vou acabar com ele."
sua voz ecoou pela sala, impregnada de indignação.
Jack acenou lentamente, como se a história confirmasse suas suspeitas.
Jack: "Eu imaginei que era algo assim. Foi você que mandou a carta?"
Catarina: "Sim, eu não sabia se eles tinham descoberto, mas pelo visto não. Consegui por meio de uma encomenda que a associação de caçadores fez. Toda vez que caçadores ou pessoas de fora veem aqui, eles agem de maneira diferente. Parece uma cidade normal, feliz, mas todos estão fingindo. A maioria teme a família Berry. Eles mandam na cidade, tratam todos como lixo. Vocês conhecem o lugar onde os escravos ficam, não é?"
ela apontou para David, que confirmou com a cabeça.
Catarina: "A maioria daquelas pessoas deu algum problema para os Berry e acabou virando escravos."
David: "Isso tudo acontece há quanto tempo?"
perguntou tentando conter a raiva em sua voz.
Catarina: "Anos"
respondeu Catarina, com um tom sombrio.
David: "E o governo mundial? Eles não passam por aqui
Jack: "Devem ter sido comprados. Não me surpreenderia"
Catarina alertou sobre a busca iminente dos homens de Berry por Jack e David.
Catarina: "A cidade está cercada de soldados deles. É muito difícil fugir, mas vocês são caçadores, têm alguma chance de sair daqui e conseguir ajuda."
Os olhares de Jack e David se cruzaram, compartilhando uma determinação silenciosa. Jack então quebrou o impasse: "Vocês queriam ajuda, ela já está aqui."
David: "A gente vai cuidar disso"
afirmou David, firme em sua decisão.
Catarina expressou preocupação
Catarina: "Vocês são só dois, não têm chance contra eles."
Jack olhou para Catarina com uma pergunta em seus olhos.
Jack: "Não teria alguma arma por aqui, por acaso?"